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Textos e traduções (4)

 

 

Non sò qual più m'ingombra

Fuor dell'usato mio

Gioia o stupore!

Poc'anzi oscura, e bruna era la notte

e l'ombra con argenteo splendore

Appena gli ferìa raggio di luna

Or chiara in un momento

Ride l'aria serena

E'l colle intorno indora il Dio del giorno

Arsa da freddo gelo

Languìa l'erbetta, e'il prato

Or su leggiadro stelo

Già spunta il fior, di bei color ornato

Guari non è, che il fonte

Pur negava gelato

Di bagnar come pria, l'orrida sponda

Or dal vicino monte

Alletto, e piace, il mormorio dell'onda

l'arida sponda

 

 

Che sarà! chi a me lo dice!

Son felice, e non l'intendo

mentre lieto vò godendo

La cagion del mio piacer

E non sa, contenta l'alma

Questa calma, e questa pace

Che m'alletta e tanto piacer

Perchè mai mi fa goder

 

 

È nato, alfin mi dice

Rischiarato il pensiero

È nato il Gran Messia

Da nostri Padri lungamente atteso

Me'l dice l'alma mia

Me l'attesta l'acceso cor

Che reso felice

Non paventa rovine al caro Ovile

Lo palesa l'Aprile

Che le campagne s'infiora

E'il biondo raggio

Del nuovo Sol, che nacque

Dell'ombre oscure, a e vendicar l'oltraggio

Me l'additano l'acque

Che non affrena il gel, rigido, e fiero

Si, si, ch'è nato il Messia

dice il pensiero

 

 

Nacque,  e il Gran Messia

La pace all'orbe intiero

Così dice il pensiero

E me l'attesta il cor

È lieta l'alma mia

Non sente affanni rei

E godon gl'occhi miei

In mezzo al gelo il fior

Recitativo

Eu não sei o que mais me surpreende

Além do habitual,

Alegria ou surpresa!

Há pouco a noite estava triste e escura

E as sombras com prateado esplendor

Atravessadas somente por um raio de lua

Agora , de repente, a noite é clara

O ar sereno se alegra

E as colinas estão douradas pelo Deus do dia

Queimadas pelo frio do gelo

Languiam as ervas e a relva

Sobre os elegantes talos

Já desabrocha a flor, de lindas cores ornada

Há pouco, a fonte

Estava gelada e impedia de

Banhar-se à sua horrenda orla

Agora da montanha próxima

O murmúrio das ondas

Encanta e dá prazer

 

Ária

O que está acontecendo? Quem me dirá?

Eu me alegro e não compreendo

Em minha alegria me deleito

A causa do meu prazer

E minha alma satisfeita não sabe

Esta paz e calma

Que encanta e traz tal alegria

Por que este prazer?

 

Recitativo

Ele nasceu, enfim eu ouço

À minha razão revelada

Nasceu o Grande Messias

Profetizado por nossos antepassados

Minha alma me diz

E meu coração ardente o confirma

O que o torna feliz

Não receia furor ao caro rebanho

Abril testemunha

O florescer dos campos

Como também os raios luminosos

Do novo sol, que nasceu

Para vingar a tristeza da escuridão anterior

As águas me revelam

Que não as confina o gelo,  duro e inflexível

Sim, nasceu o Messias

Minha razão me diz

 

Aria

Ele nasceu, o Grande Messias

Paz para o mundo inteiro

Assim diz minha razão

E meu coração confirma

Minha alma se alegra

E não sente mais tormentos

Meus olhos se comprazem em ver

A Flor no meio do gelo

 

 

 

O di Betlemme altera povertà venturosa!

Se chi fece ogni cosa

se chi muove ogni sfera

a te discende

e l’Autor della luce

nei suoi primi vagiti, a te risplende

 

 

Dal bel seno di una stella

Spunta a noi l’eterno sole

Da una pura verginella

Nacque già l’eterna prole

 

 

Presa d’uomo la forma

alle gelide tempre d’inclemente stagione

soggiace il gran bambino

E d’acerbo destino

per sottrarre al rigore l’humanità cadente

del suo corpo innocente

fa scudo a noi l’appassionato amore

 

 

L’autor d’ogni mio ben

Scioglie le mie catene

è stretto stretto e in fasce

Il tutto ei fé dal nulla

E pur lo veggio in culla

E in terra nasce

 

 

Fortunati pastori

giacchè v’è dato in sorte

Che il Signor della vita, immortale, increato

Respiri fra di voi l’aure primiere!

Al doce suon giulivo di zampogne innocenti

D’un Dio fatto mortale

correte a celebrar l’alto Natale

 

 

Toccò la prima sorte a voi pastori

Perché si fa Gesù di Dio l’Agnello

Offrite alla sua cuna i vostri cuori

Mirate quanto è vago e quanto è bello

Lasciate i vostri armenti e la capanna

Abbandonate sì le pecorelle

V’è una speranza in voi che non v’inganna

E chi vi può dar loco in fra le stelle

Recitativo

Oh majestosa e venturosa pobreza de Belém!

Se quem fizera todas as coisas

se quem move todas as esferas

até ti desce

e o Autor da luz

em seus primeiros lamentos a ti resplandece

 

Aria

Do belo seio de uma estrela

Brota a nós o sol eterno

De uma virgem pura

A descendência eterna já nasceu

 

Recitativo

Tomada a forma de homem

À gélida têmpera da estação inclemente

Submete-se a magnânima criança

E por precoce destino

Para afastar da humanidade decrépita o castigo

Com seu corpo inocente

A nós faz escudo o apaixonado amor

 

Aria

O autor de todos os meus bens

Solta minhas correntes

É apertado, e em faixas

O todo ele o fez do nada

Contudo o vejo no berço

E na Terra nasce

 

Recitativo

Pastores afortunados,

Pois que tiveram como destino

Que o Senhor da vida, imortal, incriado

Respire entre vós o primeiro sopro

Ao doce som festivo de inocentes gaitas

De um Deus feito mortal

Correi a celebrar o grandioso nascimento

 

Aria

Coube o primeiro destino a vós pastores

Porque se faz Jesus o cordeiro de Deus

Ofertai vossos corações a seu berço

Contemplai quanto é doce e quanto é belo

Deixai vossos rebanhos e a cabana

Sim, abandonai as ovelhas

Há uma esperança em vós que não vos engana

E que pode vos ceder lugar entre as estrelas

 

 

O sacrum convivium

In quo Christus sumitur

Recolitur memoria

Passionis ejus

 

Mens impletur gratia

et futuræ gloriæ

nobis pignus datur

Alleluia

Ó banquete sagrado

No qual Cristo é comido

É renovada a memória

De Sua Paixão

 

Enche-se a mente com a graça

E da futura glória

Nos é dado o penhor

Aleluia

 

 

O salutaris Hostia

Quae caeli pandis ostium

Bella premunt hostilia

Da robur, fer auxilium

Ó Hóstia que salva

Que abre as portas do céu

Lutas adversas nos oprimem

Dá-nos força, traz-nos auxílio

 

 

O salutaris Hostia

Quae caeli pandis ostium

Bella premunt hostilia

Da robur, fer auxilium

 

Uni trinoque Domino

Sit sempiterna gloria

Qui vitam sine termino

Nobis donet in Patria

Ó Hóstia que salva

Que abre as portas do céu

Lutas adversas nos oprimem

Dá-nos força, traz-nos auxílio

 

Ao Deus, uno e trino

Glória seja para sempre

Deus, que nos dê a vida eterna

Na Pátria celestial

 

 

Ó Santíssima

Ó Santíssima

Ó piíssima

Doce virgem Maria

Mãe puríssima

Mãe clementíssima

Rogai a Deus por nós

 

 

O veneranda Trinitas

Per te sumus creati vera Aeternitas

Populum cunctum tu protege

Salva libera

Eripe et emunda

 

O veneranda Unitas

Per te sumus redempti

Vera tu Charitas

 

Te adoramus Omnipotens

tibi canimus tibi laus et gloria

per infinita sæcula sæculorum

Amen

Ó Trindade venerável

Por Vós fomos criados, verdadeira Eternidade

Protegei vosso povo todo

Salvai-nos, libertai-nos

Arrebatai-nos e purificai-nos

 

Ó venerável Unidade

Por vós fomos redimidos

Vós verdadeiro Amor

 

Nós vos adoramos, ó onipotente

A vós dirigimos um canto de louvor e glória

pelos séculos sem fim

Amém

 

 

O Virgen, quand’os miro
No cabe’n sí mi alma de gozosa
Y em mi pecho tan triste no reposa

Y por esto suspiro
Buscando mi alegría
Que sola vos la dais al alma mía

O Virgen, vuestros ojos
Estrellas son que alegran mi tristeza
Y em mi pecho no cabe tal riqueza

Ó virgem, quando a vejo
Minha alma não cabe em si de prazer
E no meu peito a tristeza não repousa

E por isso suspiro
Buscando a alegria
Que somente vós dais à minha alma

Ó Virgem, vossos olhos
São estrelas que alegram minha tristeza
E em meu peito não cabe tal riqueza

 

 

Pange lingua gloriosi

Corporis mysterium

Sanguinisque pretiosi

Quem in mundi pretium

Fructus ventris generosi

Rex effudit gentium

 

Nobis datus nobis natus

Ex intacta Virgine

Et in mundo conversatus

Sparso verbi semine

Sui moras incolatus

Miro clausit ordine

 

In supremæ nocte cœnæ

Recumbens cum fratribus

Observata lege plenæ

Cibis in legalibus

Cibum turbæ duodenæ

Sedat suis manibus

 

Verbum caro panem verum

Verbo carnem efficit

Fitque sanguis Christi merum

Et si sensus deficit

Ad firmandum cor sincerum

Sola fides sufficit

Canta, minha língua

este mistério do corpo glorioso

E do sangue precioso

Que, do fruto de um ventre generoso

O Rei das nações derramou

Como preço da redenção do mundo

 

Dado a nós, por nós nascido

De uma intacta virgem

E no mundo vivendo

Espalhando a semente da palavra

O tempo certo da sua permanência

Encerrou no rito admirável

 

Na ceia da última noite

Reclinando-se com seus irmãos

Tendo observado plenamente

A lei da festa prescrita

Deu a si mesmo com as suas mãos

Como alimento ao grupo de doze

 

O Verbo encarnado, o pão real

Com sua palavra muda em carne

vinho torna-se o sangue de Cristo

como os sentidos falham

Para firmar um coração sincero

Apenas a fé é eficaz

 

 

Peccantem me quotidie

et non me paenitentem

timor mortis conturbat me

quia in inferno nulla est redemptio

miserere mei Deus, et salva me

Eu persisto no pecado todos os dias

mas não da penitência

O medo da morte me perturba

pois no inferno não há redenção

Tem piedade de mim, Deus, e salva-me

 

 

Pero cantigas de loor

Fiz de muitas maneiras

Avendo de loar sabor

A que nos da carreiras

Como de Deus ajamos bem

Sol non tenno que dixe ren

Ca atant’ é comprida

A loor da que nos manten

Que nunca á fiida

 

E poren lle quero rogar

Que meu don pequeninno

Reçeb’ e o queyra fillar

Por aquel que meninno

No seu corpo sse figurou

E sse fez om’ e nos salvou

Por nos dar parayso

E pois consigo a levou

E foy de bom siso

Apesar de cantigas de louvor

Ter escrito de muitos tipo

Louvando como convém

Àquela que nos mostra caminhos

Para alcançar o bem de Deus

Parece-me que não disse nada

Pois o louvor é tão longo

Daquela que nos mantém

Que nunca termina

 

É por isso que eu quero pedir-lhe

Que meu pequeno dom

Receba, e o tome

Para aquele menino

Que em seu corpo se formou

E se fez homem e nos salvou

Para nos dar o Paraíso

E depois consigo a levou

E foi de muito bom juízo

 

 

Pues que tu, Reina Del cielo

Tanto vales

da remedio a nuestros males

 

Tú que reynas com el Rey

D’aquel reyno celestial

Tú, lumbre de nuestra ley

Lus del linaje humanal

 

Pues para quitar el mal

Tanto vales

da remedio a nuestros males

Pois tu, Rainha do céu

Que tanto nos protege

Dás auxílios a nossos infortúnios

 

Tu que reinas com o Rei

Daquele reino celestial

Tu, brilho de nossos princípios

Luz da humanidade

 

Pois para apagar o mal

Tanto nos proteges

Dás auxílios a nossos infortúnios

 

 

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